segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Que AMOR é esse?...

Do meu autor favorito: Max Lucado

"Ele pôs um punhado de barro sobre outro, até que uma forma de vida jazesse sobre o solo...
Estava tudo em silêncio, quando o Criador retirou de si mesmo algo que ainda não fora visto. 'Chama-se escolha. A semente da escolha.'
A criação ficou em silêncio, fitando a forma sem vida.
Um anjo falou:
- Mas e se ele...
- Se ele escolher não amar?
Completou o Criador.
- Venha, vou mostrar-lhe.

Livres do hoje, Deus e o anjo adentraram o reino do amanhã.
O anjo perdeu o fôlego diante do que viu.
AMOR espontâneo.
DEVOÇÃO voluntária.
Ele nunca vira algo assim... O anjo permaneceu sem fala, enquanto atravessavam séculos de repugnância. Ele jamais vira tanta sujeira. Corações maus. Promessas rompidas. Lealdades esquecidas...

O Criador avançou no tempo, cada vez mais adiante no futuro, até chegar junto a uma árvore. Uma árvore que seria transformada em um berço. Ele até pôde sentir o cheiro do feno que o cercava...

- Não seria mais fácil não plantar a semente? Não seria mais fácil não conceder a escolha?
- Seria...
Respondeu devagar o Criador.
- Mas remover a escolha é remover o AMOR.

Eles entraram novamente no Jardim. O Criador olhou seriamente para a criação de barro. Uma inundação de AMOR cresceu dentro dele. Ele morrera pela criação antes de havê-la feito.

O vulto de Deus curvou-se sobre a face esculpida e soprou.
O pó moveu-se nos lábios do novo ser. O peito levantou, rachando a lama vermelha.
As bochechas encarnaram. Um dedo mexeu-se. E um olho se abriu.

Porém, mais inacreditável que o movimento da carne foi o agitar-se do espírito.
Talvez tenha sido o vento o primeiro a dizer. Talvez o que as estrelas viram naquele momento seja o que as tem feito cintilar desde então. Talvez tenha ficado para um anjo o cochichar:
- Parece com... parece demais com... é Ele!

O anjo não falava da face, das feições, ou do corpo. Ele estava olhando dentro - para a alma.
- É eterna! - ofegou um outro.

Dentro do homem, Deus havia posto uma semente divina. A semente de si mesmo. O Deus de poder havia criado o mais poderoso da terra. O Criador criara não uma criatura, mas outro criador. E Aquele que escolhera AMAR criara um que podia retribuir esse AMOR.

Agora a escolha é nossa."

(In the Eyes of the Storm/Nos Olhos da Tempestade - Max Lucado)

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